quarta-feira, 6 de abril de 2011

Eu não sou PEDRA.

Eu não nasci para ser brisa, nem orvalho, mas também não sou tempestade sempre. E essa minha inconstância me aflige.
Eu não gosto do igual todo dia, mas se for diferente sempre vira rotina e eu não gosto. E essa contínua insatisfação as vezes dá medo, outras, prazer, mas sempre incomoda, angustia e, ainda assim, não consigo ser diferente (nem igual).
Gosto, desgosto e volto a gostar, sem ritmo, sem motivos, descompassadamente..., uma mistura de risos e lágrimas, uma felicidade curta com uma saudade sem precedentes.
Não vou afirmar que é sempre uma bagunça, às vezes até assusta a forma milimetricamente arrumada dos sentimentos empilhados um em cima do outro, mas são sentimentos tão desconexos e tão avessos.
Não nasci para ser PEDRA, mesmo sendo do sexo feminino e nascido no dia de São PEDRO! Eu gosto do meu canto, mas se pudesse mudava toda semana. Eu gosto de meu amor e parece que ele é para vida a vida toda, e isso me satisfaz e me inquieta. Eu gosto das minhas idas e vindas, das minhas confusões, mas vivo buscando aliviar esse ser sôfrego e me tornar um ser sereno, previsível.
E falando de inconstância eu já cansei de ficar aqui sentada com essa coisa clara me iluminando, eu já cansei dos eucaliptos alinhados corretamente atrás das cercas pela estrada que trilho nos finais e inícios de semana, que meio que por pirraça transformam o caminho mais monótono do que o normal.
Então vou levantar e reinventar esse cotidiano estranho e chato, ao meu jeito, e quando minha inquietude pedir sossego eu volto para os transcritos e talvez não volte para os eucaliptos...  

 “Eu sou assim, às avessas, juízo nos pés e coração na cabeça, mas isso não representa problema algum, na maioria das vezes a vida fica de cabeça pra baixo e de pernas pro ar.”
                                            Tudo de bom e de bem para todos nós sempre!
                                                                            Mônica Macêdo

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