quarta-feira, 27 de abril de 2011

Acredito nos bons costumes.

Meu Deus dê-me sempre a leveza de alma que tenho! Sabe essa santa ingenuidade que o Senhor me deu aos montes? Pois é, não a tira de mim, não! Nem permita que os maus exemplos e a experiência com pessoas dúbias me façam desacreditar dos bons modos, das boas ações, do amor ao próximo, do bem-querer a todos.
Andei procurando motivos e razões para acreditar na boa índole, na importância de ser honesto, ético, respeitoso e tantos valores bons, bonitos e admiráveis nos humanos e que, tão constante, vem se perdendo com a modernidade, a hipocrisia, o egoísmo, a leviandade e um monte de sacanagem advinda da falta de caráter dos pobres mortais que se esquecem de sua transitoriedade e, felizmente, consegui encontrar.
Encontrei na necessidade de deixar bons exemplos para as crianças, na responsabilidade de manter vivo o legado de uma infinitude de gente bacana que veio antes de nós, na luta juntamente com humanos românticos que sonham, acreditam e batalham por um mundo melhor e, principalmente, na fé nos bons costumes. Acredito que honrar o pai e a mãe, amar a Deus acima de todas as coisas, respeitar os idosos, proteger as crianças, ser sincero, sério, ético, respeitoso, cortês, honesto, honroso com o próximo e tantos outros adjetivos dignos dos bons homens devem ser reproduzidos, vividos. A humanidade precisa disso!
 E me revirando ao avesso tentei encontrar uma razão para ser recíproca com os maus caracteres dispostos no caminho, sabe o que eu descobri? Descobri que apenas os bons exemplos devem ser seguidos, que reciprocidade deve-se somente às boas ações, de maus caracteres o universo está cheio e eu costumo ficar do lado dos poucos que fazem a diferença. Então vou continuar pagando o bem com o bem e o mal com o bem, até porque a cabeça que vai ao travesseiro quando deito e a consciência limpa e tranquila que me permite o sono é a minha.


                                      Tudo de bom e de bem para todos nós sempre!
                                                                    Mônica Macêdo

É só mais um dia.

Todo dia é a mesma coisa,
As mesmas caras,
O mesmo caminho,
A mesma mesa e cadeira,
E o ruim é que hoje é só mais um dia.
Um dia de horas contadas,
Um dia de acordar às sete e voltar a dormir às vinte e três.
Porra de ROTINA filha da puta! (desculpa o palavriado!)
Eu queria tanto outra coisa,
Outros ares,
Outra gente,
Outro som
E tantos outros “não-sei-o-quê” que aqui não tem.
Eu queria poder ir embora quando tivesse vontade,
Voltar se tivesse saudade,
Queria selecionar um monte de coisa e de gente e exportar do meu universo,
Não que eu seja seletiva, mas tem coisas e pessoas que não servem para outra coisa a não ser atrapalhar.
E qualquer coisa que atrapalha incomoda,
Mas como diz o ditado popular: “os incomodados que se mudem”,
Então eu quero mudar, mudar de canto, de espaço,
E levar comigo somente minhas coisas e minha gente,
Minha família, meus poucos amigos, meu amor, meus bagulhos e bagunças
E olha que eu estou mudando aos poucos.
Comigo já está tudo isso,
Só falta agora exportar os incômodos.

                                        Tudo de bom e de bem para todos nós sempre!
                                                                          Mônica Macêdo

domingo, 24 de abril de 2011

Quarta-feira cinzenta

O pássaro,
A borboleta,
O céu escuro,
O vento,
As árvores,
O calor,
A dor,
Eu,
As casas,
O trabalho,
O tempo,
Os carros e bicicletas,
A vida, as pessoas,
A tecnologia,
A solidão,
A saudade e a distância,
O papel e a caneta,
As palavras e o prazer em escrever,
O pensamento e a vontade,
As lágrimas,
A sombra e o medo da escuridão,
As incertezas concretas,
Os segundos do relógio,
O dinheiro e a necessidade,
A gota da chuva e a terra seca,
O cansaço e o sono,
A espera e a paciência,
Os detalhes de um dia agonizante,
Foi tudo que eu vi nesta quarta-feira cinzenta!!!!
                                                                            
                                 Tudo de bom e de bem para todos nós sempre!
                                                                       Mônica Macêdo

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Passando pela vida

Olha eu aqui,
De peito aberto para abraçar a vida.
Com um sorriso de canto a canto,
Para não ficar no canto da solidão.
Mais bonita, mais jovem, mais cheia de vida,
Mesmo envelhecendo a cada dia.
De cara nova e com a roupagem de sempre,
Porque há coisas q não dá para mudar.....
Mas aqui vou eu de novo,
Com a cara e a coragem
Para viver os bons e maus momentos,
Dando bois e boiadas para entrar ou sair das enrrascadas da vida.
Mas sempre evitando colocar o carro na frente dos bois.
...
E se tudo der errado?
Ah, daí lá vou eu novamente
Copiar uma história que não se repete, que não se rascunha.
Mas que se mistura com histórias de outrem, histórias deles e delas.
De pessoas que chegam, que passam, que vão, que ficam,
que vieram antes ou que chegaram depois.
...e aqui, ali, lá, acolá...
Onde quer que seja, estarei eu indo e voltando.
Fazendo, acontecendo e não fazendo nada.                                                               
                                Tudo de bom e de bem para todos nós sempre!
                                                                      Mônica Macêdo
Encontrei esse transcrito velho (ou velho transcrito) nas minhas bagunças.

Eu não sou PEDRA.

Eu não nasci para ser brisa, nem orvalho, mas também não sou tempestade sempre. E essa minha inconstância me aflige.
Eu não gosto do igual todo dia, mas se for diferente sempre vira rotina e eu não gosto. E essa contínua insatisfação as vezes dá medo, outras, prazer, mas sempre incomoda, angustia e, ainda assim, não consigo ser diferente (nem igual).
Gosto, desgosto e volto a gostar, sem ritmo, sem motivos, descompassadamente..., uma mistura de risos e lágrimas, uma felicidade curta com uma saudade sem precedentes.
Não vou afirmar que é sempre uma bagunça, às vezes até assusta a forma milimetricamente arrumada dos sentimentos empilhados um em cima do outro, mas são sentimentos tão desconexos e tão avessos.
Não nasci para ser PEDRA, mesmo sendo do sexo feminino e nascido no dia de São PEDRO! Eu gosto do meu canto, mas se pudesse mudava toda semana. Eu gosto de meu amor e parece que ele é para vida a vida toda, e isso me satisfaz e me inquieta. Eu gosto das minhas idas e vindas, das minhas confusões, mas vivo buscando aliviar esse ser sôfrego e me tornar um ser sereno, previsível.
E falando de inconstância eu já cansei de ficar aqui sentada com essa coisa clara me iluminando, eu já cansei dos eucaliptos alinhados corretamente atrás das cercas pela estrada que trilho nos finais e inícios de semana, que meio que por pirraça transformam o caminho mais monótono do que o normal.
Então vou levantar e reinventar esse cotidiano estranho e chato, ao meu jeito, e quando minha inquietude pedir sossego eu volto para os transcritos e talvez não volte para os eucaliptos...  

 “Eu sou assim, às avessas, juízo nos pés e coração na cabeça, mas isso não representa problema algum, na maioria das vezes a vida fica de cabeça pra baixo e de pernas pro ar.”
                                            Tudo de bom e de bem para todos nós sempre!
                                                                            Mônica Macêdo