quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sem asas.

Um dia desse eu viajo para qualquer lugar do mundo, onde haja água salgada e sol forte, longe do frio e da seca desse deserto. Posso até ir para o continente gelado, só para ver se desaqueço a alma. Mas qualquer canto, melhor que aqui, já é bem vindo. Cansei desse mundinho, dessa gente triste de máscara alegre, em velório fingindo carnaval.
Qualquer hora dessa eu mudo de endereço, eu mudo de mundo porque este já está enfadonho, já pesa nos ombros, já escorre no rosto e não é suor, é lágrima.
Vou levantar daqui e sair a esmo, procurando uma toca, um esconderijo, um labirinto, um atalho, uma estrada ou qualquer trilha. Queria o Alasca, Rio de Janeiro, Paquistão, Pequim e o resto do mundo, lugares bonitos, lugares sem grandezas, desertos e metrópoles, tudo,... o mundo. Onde vou chegar ainda não sei, só sei que quero ir a todos os cantos. Não quero estacionar se posso caminhar o mundo todo e, só.
Ah, se os pássaros que costumo ver voar no final da tarde me convidassem, me oferecessem carona numa viagem cortando nuvens, cruzando fronteiras, vendo gente em formato de formiga, lá do alto! Ah se viajar custasse apenas a vontade de mudar, de voar, de ir-se aos poucos e ao longe, eu seria marinheiro mesmo estando de carona com pássaros.
                                       Tudo de bom e de bem para todos nós sempre!
                                                                          Mônica Macêdo

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